
o sarau
“Oh, bate palma,
começou do Sarau das Pretas.
Oh, dá licença mulher preta vai falar”
Sarau artístico-literário protagonizado por jovens mulheres negras atuantes no cenário cultural periférico da cidade de São Paulo (SP). O espetáculo acontece por meio da palavra falada, cantada, declamada, dos tambores e de seus corpos em constante movimento. Em cena, Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Taissol Ziggy e Thata Alves, propõe reflexões sobre o feminino, a cultura e a ancestralidade.
O Sarau das Pretas, não é um sarau territorial e constrói sua trajetória propondo encontros nos quais a escuta é o ponto central, partilhando a palavra e a ancestralidade. A organização do sarau entende que não delimitar um único espaço estimula outras mulheres negras a ocuparem todos locais. Por isso, já foram realizadas edições em Centros Culturais, unidades do SESC, espaços congêneres, dentro e fora das periferias, tudo como forma de criar, fortalecer e ampliar os espaços de fala e audição das mulheres negras do país.
Pautando o protagonismo da mulher negra como um ato cultural e político, o Sarau das Pretas reúne grande publico disposto a vivenciar e compartilhar reflexões que essas mulheres expressam através de sua arte.
as integrantes

Débora Garcia
Débora Garcia é poetisa e produtora cultural com ampla experiência nas áreas do livro e da literatura. Formada em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista.
É idealizadora, artista e produtora do Sarau das Pretas-SP. Também atua junto aos coletivos Quilombhoje Literatura e Associação Cultural Literatura no Brasil onde desenvolve saraus e projetos de incentivo à leitura e à escrita. Ministra palestras sobre literatura, políticas culturais, questões de gênero e cultura afro-brasileira, além de desenvolver projetos culturais que agregam a literatura às artes cênicas e à música. É autora do livro Coroações – Aurora de poemas publicado em 2014 de maneira independente, além de publicar em diversas antologias voltadas à literatura negra, feminina e periférica.